Chega ao fim a Assembleia Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a presença de uma personalidade do clima só faz lembrar que as mudanças climáticas já provocam novos cenários e novos desafios para a Saúde. A secretaria-executiva da Convenção-Quadro (UNFCCC), Christiana Figueres, falou para os delegados e apontou a disseminação de doenças causadas por vetores como uma das relações fortes entre Clima e Saúde.
Ela não falou do mosquito Aedes aegypti que amplia sua capacidade de fazer estragos. Mas a Emergência Global contra o Zika está em vigor desde fevereiro, envolvendo diversas agências das Nações Unidas e também agências Humanitárias. O mosquito Aedes causa Febre Amarela, Dengue, Chikungunya e agora Zika. O vírus do Zika tem poder de afetar bebês ainda na barriga das mamães, além ser transmitido sexualmente. Sexo e reprodução são agendas importantes nesse momento. O risco de microcefalia é superior a 13%. Os cuidados com um problema incapacitante para o indivíduo e o apoio necessário aos pais e responsáveis são desafios à gestão pública da saúde, não omitindo as questões do custo econômico.
Segundo o último boletim de atualização da Emergência de Zica e o Informe Epidemiológico de Microcefalia do Ministério da Saúde, o Brasil apresenta 1.384 casos.
Em seu discurso, Figueres enfatizou que a OMS pode usar sua autoridade e difundir que mudanças climáticas e saúde estão indissociavelmente ligados.
Whatever is good for the climate is also good for global health
Christiane Figueres, executive-director UNFCCC