Edição Blog Entreposto
Reportagem e Fotos Agência Jovem Internacional de Notícias
Por Giulia Motta Zanin (Italia) e José Jara (Argentina)
A Rede de Megacidades (C40) está muito preocupada com a questão da água. Seja a falta seja o excesso: seca e inundações. Segundo Mandy Ikert, líder das iniciativas de adaptação à crise da água da Rede, as mudanças climáticas apresentam um grande risco para as cidades e as inundações são a maior preocupação. Em evento paralelo na COP21, a C40 abordou o problema.
Akel Biltaji, de Amman, na Jordânia, falou sobre a última grande inundação em 2014. “Recebemos a maior quantidade de água possível de chuva no menor tempo, numa área concentrada. Normalmente, nossa infraestrutura pode absorver a água em duas ou três horas. Porém, nunca poderia funcionar em uma tormenta tão grande como a que foi esta última”, disse ele. Segundo Akel, há necessidade de se preparar para novos desastres ainda que o clima seja imprevisível.
João R. Capobianco, ambientalista e representante do estado de São Paulo, no Brasil, abordou o problema do sistema de abastecimento de água devido à seca e má gestão dos últimos anos. Ele explicou que, em 2014, houve colapso porque o nível de água chegou a ficar abaixo de zero. O representante de São Paulo (Brasil) enfatizou que a água é um direito humano e não pode ser tratada apenas como objeto de consumo.
O prefeito de Estocolmo, Gustav Landhal, começou sua fala dizendo que sua cidade está construída sobre a água e por isso sofre de inundações desde sempre. O aumento do nível do mar e as grandes tormentas, segundo ele, levou a cidade a buscar uma maneira alternativa de regular o nível da água do lago e desenvolver serviços de adaptação de ecossistemas às mudanças climáticas.
A vegetação desenvolve um papel fundamental nesta problemática, porque reduz o estresse e incrementa o bem estar e, neste caso específico, pode contribuir para reduzir os danos durante as inundações.
Prefeito Gustav Landhal
A C40 é uma rede de 82 cidades trabalhando juntas para enfrentar as mudanças climáticas. Estas megacidades representam 11% da população global e 25% do PIB global. Objetivos da Rede de Megacidades:
- colaboração entre os atores
- promoção do debate público
- conectividade com organizações do mesmo tema, e
- incentivo ao diálogo entre governo, setor público e setor privado