Pôster no V Congresso Internacional de Riscos – Foco no Cerrado: contra os riscos de seca e chuva

Começou hoje, dia 12 de outubro, o V Congresso Internacional de Risco. Estamos participando com o pôster Foco no Cerrado: contra os riscos de seca e chuva. O trabalho de Sara Meneses, João Paulo de Brito e Isabella Alvarega e meu teve como enfoque compreender para reagir às mudanças climáticas e para tal abordou a preparação de pequenos agricultores para o novo padrão climático, a prevenção necessária contra os efeitos da seca na saúde humana e animal e os cuidados com a chuva tanto para moradores do DF como para os animais que vivem no Jardim Zoológico de Brasília.

O projeto contemplou a criação e produção do podcast Foco no Cerrado a partir da reportagem Cerrado Alerta.

Sara, João Paulo e Isabella são alunos de Jornalismo do Centro Universitário de Brasília e integram o Grupo de Pesquisa – Comunicação para Emergências e Desastres. Você pode conferir o que fazemos na Fan Page do GP no Facebook.

Os episódios do Foco no Cerrado podem ser ouvidos na plataforma SoundCloud.

Na palestra de abertura do V Congresso, descatou que as mudanças atmosféricas estão se acelerando e que o tempo presente é hora de agir em três frentes: gestão de emergências (seca, calor, chuvas intensas e temporais de vento), ordenamento do território (incorporação das questões de mudanças climáticas ao Plano Diretor de qualquer cidade) e educação primária e secundária.

Ele enfatizou que já estamos perdendo o conforto térmico, o que nos lembra a recente onda de calor porque passou Brasília (DF) entre os dias 5 e 10 de outubro de 2020.

O ano de 2015 promete, e 2014 serviu de base para a agenda de Climate Change

Climate Change está na agenda política global em 2015 e ao longo do ano será possível observar articulações políticas e manifestações populares que vão culminar na Conferência das Partes (COP 21) – Paris, em novembro/dezembro. As expectativas para acordos de teto de emissão global e para avanços em energia limpa entre os estados-membros das Nações Unidas são elevadas apesar de o pessimismo ser o tom de muitos dos atores que militam na arena da diplomacia do clima.

Antes de começar a publicar o que está acontecendo e o que vai acontecer em termos de política global do clima em 2015, escrevi um ensaio sobre como foi 2014, sobre o acordo EUA – China e sobre como pensam norte-americanos e chineses tomando como base duas pesquisas de opinião do ano de 2012. O link para a leitura na íntegra do Ensaio está no final do post. Antes, porém, a síntese de cada um dos tópicos.

Como foi 2014? Foi um ano repleto de eventos que aconteceram em quatro esferas: Ciência do Clima, Política Global, Participação Popular e Diplomacia do Clima. Gráfico no texto do Ensaio permite visualizar a presença dos eventos em cada categoria ao longo de todo o ano. E o que diz a análise desses dados? O discurso mudou. Os eventos ajudaram a sobrepor o discurso energia limpa ao de limite de emissões.

Que acordo afinal assinaram EUA e China? Um acordo de expansão de mercado para energia limpa e inovação tecnológica, abrindo para os dois países uma nova era de desenvolvimento greening, sob a capa de um acordo de teto de emissão para a China, que se compromete a parar de emitir em 2030, e de redução de emissões para os Estados Unidos, que reforçam sua meta para 2025. O acordo fechado em novembro de 2014 traz a reboque a Índia.

E as pessoas, o que opinam? Pesquisa de opinião de 2012 em ambos os países apontam que norte-americanos e chineses são água e vinho. Chineses afirmam saber sobre Climate Climate e norte-americanos se percebem mal informados. Chineses entendem que é do governo a responsabilidade para a solução do problema e os norte-americanos confiam que a tecnologia seja a solução.

Em síntese, EUA e China são, agora, ativos na política global do clima e, com isso, reforçam as políticas domésticas de controle de emissões por carvão e expandem mercado para tecnologia e energia limpa. As pessoas chinesas e as pessoas norte-americanos, inseridas cada qual em sua cultura, apostam no governo (chineses) e na tecnologia (norte-americanos) para a solução do problema das alterações climáticas e afirmam estarem dispostos a contribuir para a solução (chineses) e de que não é necessário mudar comportamento (norte-americanos).

Íntegra do ensaio de janeiro 2015: Ensaio Chineses e Americanos BLOG