O Acordo de Paris está em vigor desde 4 de novembro e começou a ser implementado dentro da COP 22 (Marrakech Climate Change Conference of the Parties), que terminou no dia 18 de novembro.
As Decisões – CMA-1 (Meeting of the Parties to the Paris Agreement) sobre o Acordo de Paris são de reforçar a necessidade de financiamento para a transição para uma economia de baixo carbono e de transparência nas métricas de emissões reportadas pelos países. Tudo isso escrito no Ato de Proclamação de Marrakech.
Fico me perguntando se a visão obtusa da futura Administração Trump vai deixar aos chineses a liderança econômica de energia renovável. Se isso acontecer, penso que estará em jogo para os Estados Unidos perder a onda green de expansão econômica de base tecnológica. Aqui no Blog Entreposto apontei que a China será economicamente superior aos Estados Unidos em 2020, segundo projeções, e sua estratégia é aumentar em 20%, até 2030, a sua fatia de energia limpa, o que corresponde atualmente a toda a energia gerada pelas usinas movidas a carvão do país. No ensaio que escrevi sobre como o ano de 2014 foi decisivo, em escala global, para as mudanças climáticas comento que a onda de desenvolvimento para a China é a inovação tecnológica ligada a energia renovável. E os chineses continuam crescendo (6,7% em 2015), a um ritmo menor é verdade que no início do século, enquanto que os Estados Unidos estão estagnados na faixa dos 2% (2,4% em 2015 e 16 e uma projeção de 2,2% para 2017).
Reduzir as emissões aplicando tecnologia renovável está se tornando um excelente negócio. Europa que o diga (verde no mapa)!
Mas os aspectos ambientais relacionados ao clima vão mais além que apenas reduzir emissões. Alguns estragos e impactos só podem ser minimizados com outro tipo de tecnologia. A da própria natureza, ou seja, infraestrutura verde como pântanos, duras e replantios de espécies nativas como forma de preservar o solo, evitar erosão e amortecer o impacto de furações e tempestades tropicais.
Como não dá para tirar a natureza de nossas vidas (e ela insiste em nos lembrar que fazemos parte dela!), escrevi sobre a dificuldade de convivência e adaptação com os mosquitos que os humanos mostram ter. Abordei o assunto no post sobre Zika que escrevi para o Blogue ATS do Grupo de Investigação Ambiente, Território e Sociedade do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL).
No post, escrevo sobre minhas reflexões sobre a significação da doença e aponto que literacia científica e foco no local são caminhos para a adaptação entre homem e mosquito. As reflexões têm por base minha experiência com a investigação social para a resposta à emergência decretada em 1 de fevereiro de 2016. No dia 17 de novembro, Zika deixou de ser uma emergência de saúde pública international, em declaração feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Zika, segundo a nota oficial da OMS, passa a integrar os programas de saúde continuados.