16 de Março – Dia Nacional da Conscientização sobre Mudanças Climáticas

Hoje, dia 16 de março, é celebrado o Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. Esta é a frase que inicia o pequeno texto que publiquei em meu Perfil no Facebook. O texto reforça que estamos no furacão da segunda onda da pandemia de covid-19, no Brasil, causada por um vírus que cruzou a barreira do mundo animal.

A pandemia chamou a atenção para o facto de que o ambiente tem uma importância crítica em assegurar as condições que poderão permitir um futuro sustentável de bem-estar para a humanidade.
Prof. Felipe D. Santos

Em seu artigo – A ação climática e o clima em 2020, publicado na revista Indústria e Ambiente – Prof. Felipe explica que “a pandemia resulta de uma zoonose, uma doença infecciosa provocada por vírus ou bactérias cujo hospedeiro é um animal”, e que “desde de 1940, as zoonoses foram responsáveis por 75% das doenças infecciosas emergentes, a maioria com origem em animais selvagens, devido à intensificação da agricultura, à procura crescente de animais selvagens para alimentação, à desflorestação e às alterações climáticas”.

Se não se travarem estas tendências de insustentabilidade, as pandemias provocadas por zoonoses continuarão a ser mais frequentes, algumas delas graves como é o caso da covid-19.

Crédito: BBC News Brasil, 20 agosto 2019 (captura de tela)

Tudo isso parece óbvio, mas não o é!

Nossa dificuldade de nos percebermos como parte de um todo e não como um elemento de fora que pode, então, explorar esse mundo natural sem ser afetado por este mesmo mundo, ao qual também pertencemos, pode estar na raiz de nossa incompreensão. Essa barreira precisa ser rompida. Precisamos criar pontes para que cultivemos novos hábitos e práticas e que incentivemos políticas públicas para a construção de uma sociedade carbono zero (ou ao menos rumo a net-zero).

No artigo, Prof. Felipe vai ao coração do problema – combustíveis fósseis. E afirma: “Para cumprir o Acordo de Paris seria necessário deixar de subsidiar as energias fósseis com os fundos de recuperação económica da crise pandémica”, e um consórcio entre os países para uma transição energética justa e global é necessário.

Ele entende que estamos a viver um “imperativo moral” frente ao que é necessário. Segundos dados divulgados no artigo, em 2020, os prejuízos econômicos provocados pelo tempo são avaliados em 258 milhões de dólares.

Relatório da ONU/PNUMA incentiva os governos a responderam ao coronavírus com medidas para acelerar a sustentabilidade, pois a tendência é de mais pobreza e de mais fome no mundo pós-pandemia. O relatório foi publicado em dezembro de 2020 e a preocupação é com retração para o avanço de diversos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas foi instituído, em 2011, pela Lei 12.533, de 2 de dezembro, com o objetivo de incentivar escolas a promoverem atos, eventos, debates e mobilizações para a proteção dos ecossistemas brasileiros.

Estou promovendo meu ato ao publicar este post!

Distrito Pandêmico – Covid-19, livro-reportagem

Falar de pandemia é falar de desastre, evento adverso natural, antropogênico e/ou misto que causa danos humanos, materiais ou ambientais e, em consequencia, provoca prejuízos econômicos e sociais. Epidemias e pandemias são classificadas como desastres humanos biológicos. capa livro Distrito PandêmicoE é sobre esse desastre atual – pandemia da covid-19 – que se debruçaram 14 estudantes de jornalismo do 5o semestre, alunos no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), campus Taguatinga.

Distrito Pandêmico, título do livro-reportagem, traz à luz repórteres e personagens que vivenciaram riscos e vulnerabilidades na capital federal, entre março e junho de 2020. Cada um dos oito capítulos narra uma vivência em especial seja quanto aos riscos seja quanto às vulnerabilidades. Os autores e as autoras abordam a violência contra os jornalistas, a vulnerabilidade de ser idoso, a cidade que já foi o El Dourado, a questão do emprego, dos entregadores e dos agricultores familiares, as desigualdades à mostra na educação e a vida comunitária em Taguatinga e Riacho Fundo, regiões administrativas do DF. No dia 11 de março de 2020, o Governo do Distrito Federal (GDF) decreta distanciamento social seguindo a Organização Mundial de Saúde (OMS) que, no mesmo dia, decretara estado de pandemia por coronavírus. As aulas presenciais foram transformadas em aulas remotas, ao vivo, com mediação tecnológica.

“Quando alguém um dia, no futuro, me perguntar o que foi que eu fiz durante a pandemia de 2019, vou dizer: eu escrevi um livro”, assim se referiu o aluno Mateus Arantes durante a live de pré-lançamento do livro no dia 10 de julho, último dia de aula do semestre. Escrever durante a pandemia foi ressaltado como um ato de coragem pela professora e escritora Sandra Araújo, convidada como palestrante do evento. Sandra destacou que muitas vezes se emocionou com as narrativas e se viu nos espaços retratados. O evento de pré-lançamento foi gravado e está disponível no canal do Blog no YouTube. A pandemia persiste e, no Distrito Federal, até o dia 25 de julho, os casos confirmados de covid-19 somavam 94 mil 197 e as vidas perdidas somavam mil 275 conforme a Plataforma JF.

Para falar do livro e do evento de pré-lançamento convidei Arthur Vieira e Nathália Guimarães, alunos do 1o. semestre de jornalismo para escreverem para o Blog Entreposto. O olhar de cada um sobre o pré-lançamento está retratado em seus textos. Arthur foca sua atenção no evento e em seu desenrolar e Nathália buscar revelar o que está em cada capítulo. O livro-reportagem contou com a participação do professor Bruno Nalon que produziu a capa e a programação visual. Este livro-reportagem é um dos produtos do Grupo de Pesquisa Comunicação em Emergências e Desastres (GP-CED) cadastrado no Diretório do CNPq.